Israel nega genocídio em Gaza no Tribunal Internacional de Justiça e acusa África do Sul de transformar tal crime “numa paródia”

De acordo com o advogado, “a África do Sul compareceu mais uma vez perante o tribunal, pela quarta vez, para apresentar um quadro dos acontecimentos completamente divorciado tanto dos factos como das suas circunstâncias”

Francisco Laranjeira
Maio 17, 2024
11:33

O representante de Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), Gilad Noam, garante esta sexta-feira que o seu país não está a cometer um genocídio em Gaza, tendo pedido ao tribunal que suspenda os procedimentos iniciados pela África do Sul, que transformou tal crime numa “paródia”.

“Está a acontecer uma guerra trágica em Gaza, mas não um genocídio”, refere Noam no tribunal de Haia, durante as audiências para examinar o novo pedido sul-africano, que há uma semana solicitou a revisão de medidas cautelares em vigor contra Israel, depois de ter acusado Telavive de incumprimento e à luz da nova operação israelita na cidade de Rafah, em Gaza, que forçou a deslocação de centenas de milhares de palestinianos.

“Incidentes que violam as leis da guerra são comuns em conflitos armados, mas Israel tem um sistema jurídico robusto para lidar com eles em quaisquer circunstâncias, incluindo a guerra em questão. Israel continua comprometido com as suas obrigações legais internacionais”, indica Noam.

De acordo com o advogado, “a África do Sul compareceu mais uma vez perante o tribunal, pela quarta vez, para apresentar um quadro dos acontecimentos completamente divorciado tanto dos factos como das suas circunstâncias”.

Rafah é, na realidade, o “epicentro da atividade terrorista”, frisa Noam, pois é um “bastião” das milícias do movimento islâmico palestiniano Hamas, e que o seu país “está sob ataque e apenas tenta defender-se e os seus cidadãos”.

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